quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Evolução


Andando por andar, percebi que sou mais forte do que na verdade quero ser. Hoje entendi a grandeza da minha existência, e só agora, percebi o eu que inventei pra proteger o eu que tinha medo encarar o mundo. Abri os olhos pra ver com clareza, tudo que antes vi como borrões incertos. E ao invés do medo aguardado, pisei com mais firmeza.
Aprendi que as mudanças vêm e são inevitáveis, e que tenho que me adaptar à elas.
E vendo uma criança sorrir, percebi que também posso sorrir. Mas não só isso, eu posso sorrir, posso dançar, posso sonhar, posso viver.
Vi em questão de segundos que não sou um fraco e coitado, e sim forte e preparado até pra perder.
E ai, finalmente ficaram claros os textos de Shakespeare, que lia desde o doze anos. E que por alguma razão, só começaram realmente a fazer sentido dentro da minha cabeça agora.
Dobrei meus joelhos no chão, e então chorei. Chorei muito, não porque estava triste, mas porque estava diante de uma das pessoas que mais merece o carinho e a atenção que eu negligenciei durante todos esses anos. Eu mesmo.
Limpei os olhos e decidi fazer diferente, deixei de ter pena de mim mesmo. Porque afinal eu tive decisão em todos os momentos da minha vida, e não só agora.
É assim que sou, é assim que quero ser. Sei onde quero chegar, ainda que o lugar seja incerto à muitos olhos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário