Caixa de vidro é o coração. É lá onde é guardado tudo que se quer, e até o que não se quer.
Porque é nessa caixa, brilhante e frágil caixa, que deposito meu amor. Não obstante, também tenho nela depositada uma dor. Dor essa, cujo incomensurável peso, perdura até o dia em que eu me for. Dia em que não sei se serei mais feliz, ou mais sozinho sem você.
E no pesar ainda sou aliviado por instantes. Tão cegos e malditos instantes, que me deixo levar pela loucura de te ter. Chego a pensar que é um sonho vindo no adormecer.
Mas logo sou tomado, pela dor da terrível realidade. Sou despejado ao acaso, no tempo desta amarga realidade.
Caixa de vidro é o coração. A caixa cuja à posse, já não me diz respeito. Porque a entreguei às suas vontades.
E hoje a caixa, a languida caixa de frágil e fino vidro foi quebrada. Pela única vez quebrada. Sendo que assim lhe digo que não terá valor algum à ninguém.
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