terça-feira, 30 de novembro de 2010

Surto.

Eu sei. Vocês devem ta achando que eu sou louco, já é o quarto post hoje nessa droga de blog. Mas verdade é que não eu não sou louco, ou melhor, eu sou. Só um pouco. Quer dizer, eu nem escrevo porque tenho coisas interessantes pra escrever, escrevo porque gosto e só. E pensar que até uns dois dias atrás tinha asco de blogs, mas resolvi surtar de vez.
É que eu to naquela fase de transição que todo jovem passa. No meu caso o efeito foi retardado porque já to com vinte e um. Mas a questão é: To surtando sim. E dai?
Cortei o cabelo, decidi mudar o estilo. Pensei em virar roqueiro, mas decidi que é muito anti-higiênico. Daí resolvi virar emo, mas achei muito colorido, além do mais nem gosto do som emo. Pensei em ser mais nerd, mas nem pra isso eu sirvo, porque posso não ser tão descolados quanto os caras do Kings of Leon, mas sou descolados demais pros nerds.
Sabe a crise de identidade? Não é. É que eu sou tão estranho, que nem crise de identidade eu posso ter. Isso fica pro's mais normais.
Já ta dando onze da noite e nem me decidi ainda. Acho que a única coisa que quero e não ser acomodado. Eu já decidi que eu posso. Só não descobri "o que" ainda. Afinal, quem se importa?
Só quero fazer alguma coisa, quero ser diferente, quero mudar, errar e depois acertar, ainda tenho tempo de pensar, porque só tenho vinte e um. Nem decidi o que quero ainda.

Sonhando

     Era domingo de manhã, você e eu estávamos num lago, um lago desses que a gente vê nos filmes. O lugar era lindo, mas nada se comparava à você. Nem  às longas horas que eu fiquei do seu lado, segurando sua mãos e às coisas que você me falava.
     Fizemos planos, traçamos rumos, nos entrelaçamos, e ficamos mais apaixonados.
     Eu olhava pra você e via cada detalhe. Os detalhes que já conhecia, mas que agora estavam tão perto, que também eram meus. Olhei seus olhos e vi aquela sinceridade e inocência que prendiam. Quis as covinhas do seu queixo a das bochechas. Desenhei cada traço seu com a mesma perfeição que quis Deus criar.
     Nos perdemos nas horas em que ficamos jogados à nossa vontade. Querendo tudo, e não fazendo nada.
     Nos abraçamos com tanta força que nos fundimos mais uma vez, e nos tornamos à ser um. Não falamos nada e nos entendemos tão bem, que parecíamos uma só mente ligada e entrelaçada.
     Ficamos à mercê da nossa tarde, e nos rendemos de vez, porque éramos só instrumentos. Instrumentos de um sentimento tão forte e abrasador, que não podíamos definir o que era real.
     Parecia insano imaginar que tudo poderia acabar. Pois não havia necessidade de comida ou bebida, porque tudo estava completo.
     Mas fui atingido por uma dor insuportável. Dor essa, que não podia ser descrita. E a dor tomou o lugar onde eu estava, e tudo se esvaiu com tamanha rapidez.
     Então, tudo se fez num quarto simples e eu estava enrolado em cobertores. Percebi então o que havia acontecido. Eu havia sido tragado para o mundo irreal. Um mundo dos sonhos onde não havia você, nem lago, nem nada. Só o quarto, os cobertores e essa dor insuportável. E fui tomado pela amarga realidade. Estava preso nesse mundo irreal. E sem você.

Saudade

     É provável que nunca leia isso. Se ler não acredito que saberá que se trata de você. Mas se souber, não fará diferença alguma. E se vier a fazer aposto que tudo fica na mesma.
     Até quando vai existir essa necessidade? Será que não posso ser curado de você?
     Sabe do que lembrei hoje? Daquela noite em que em dormimos juntos. Aquela em que você apareceu em casa porque tinha brigado com seus pais, e eu te dei um abraço bem apertado. E nós dormimos juntos e quando acordei você tava me olhando dormir. Me olhava de um jeito tão profundo, tão cortante que nem consegui te encarar. Lembra?
     É claro que você não lembra. Porque foi só mais um daqueles sonhos que tenho com você. Não que não façam diferença, pois eu poderia citar qualquer um deles que ficam gravados como lembranças vividas. Mas é que são tantos.
     Tava precisando de você hoje. Precisando como naquele dia em que você cantou Bruno e Marrone. Você disse que se eu não saísse da sua vida, você perderia de vez a cabeça e se entregaria. Você cantou muito mal e a voz tava rouca. Eu nem me importei Mas isso já tanto tempo que eu acho que você não se lembra. Ou será que lembra?
     Continuo sempre com você, mesmo que você nunca tenha estado comigo! Pelo menos não do jeito que queria.

Odeio gente dramática.

     Sabe aquelas pessoas dramáticas e carentes?
     Aquelas que se você deixa cinco minutos esperando no msn porque estava no banheiro. A pessoa já surta e diz que você a está evitando, e que a amizade dela não vale nada.
     Outro dia, uma garota deixou de falar comigo por uns cinco dias, só porque ela me ligou duas vezes e o celular estava desligado. E detalhe eu estava voltando de viagem e o celular estava sem bateria. Mesmo tendo explicado várias vezes ela só falou comigo depois dos cinco dias.
     Eu nem sei porque ainda me importo com isso. O caso é que fico tão nervoso, mas tão nervoso que acabei resolvendo fazer o post sobre isso.